Aproxima-se o fim de mais uma legislatura na nossa Região Autónoma. Os protagonistas políticos dos diferentes quadrantes partidários, a partir de Outubro, serão possivelmente outros, quer na governação quer no Parlamento, pois não deverão continuar os mesmos, sem me estar a referir a ninguém em especial.
Já há tempos que tinha em mente deixar algo escrito sobre esta jovem conterrânea, da nossa ilha. O avô paterno era natural da Piedade e a avó paterna era de São Roque do Pico. O pai, João Furtado, antes de ser funcionário da EDA, andou por África onde casou.
“Por despacho conjunto do Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, e do Secretário Regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, Catarina Goulart Chamacame Furtado foi nomeada, a 04 de Julho de 2011, Directora Regional da Energia. Natural da ilha do Pico, com 30 anos de idade, licenciada em Biologia e pela Universidade dos Açores e Mestre em Ambiente, Saúde e Segurança pela mesma universidade, onde obteve Certificado de Aptidão Profissional como Técnica Superior de Higiene e Segurança no Trabalho e Certificação pelo International Recognition of Certified Auditors (IRCA) como Auditor Líder em Higiene e Segurança no Trabalho, a nomeada substitui no cargo José António Cabral Vieira, que cessa funções a seu pedido. Inscrita desde 2006 no Centro de Formação Contínua de Professores de São Miguel e Santa Maria, foi co-responsável, em 2006 e 2007, por várias acções de formação no domínio da Educação Ambiental.
É colaboradora da Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores (ARENA) desde 2005, tendo, desde essa altura, integrado diversos projectos de âmbito regional e inter-regional ao nível da gestão de recursos energéticos endógenos e outros recursos naturais.
Habilitações Académicas e Profissionais: Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança, pela Universidade dos Açores; Técnica Superior de Higiene e Segurança no Trabalho, com certificação pela SGS - Société Générale de Surveillance S.A.; Auditor Líder em Higiene e Segurança no Trabalho, com certificação pelo International Recognition of Certified Auditors (IRCA); Inscrita como formadora desde 2006 no Centro de Formação Contínua de Professores de São Miguel e Santa Maria; Licenciatura em Biologia/Geologia (ensino de), pela Universidade dos Açores.
Experiência Profissional - Administradora-delegada da Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores desde 01 de Outubro de 2010; Participação na elaboração de vários roteiros de percursos pedestres dos Açores para a Associação Ecológica Amigos dos Açores; Colaboradora da ARENA - Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores desde 2005;” Fim de citação.
Há dias encontrei uma entrevista sua no Diário Insular de 12 de Junho corrente, sob o título: “Açores querem 40% de renováveis em 2018” em que Catarina Furtado vai expondo o seu pensamento técnico sobre esta importante área da nossa economia energética: “ O plano energético para a Região Autónoma dos Açores estabelece 3 objectivos a atingir até 2018, a saber: I – 50% da energia primária total ser utilizada sob a forma de electricidade; II – 75% de electricidade ser de energia renovável; III – 40% da energia primária ser de origem renovável. No que se refere ao primeiro objectivo pretende-se que o sector eléctrico que actualmente representa cerca de 40% do consumo de energia primária nos Açores, represente 50% em 2018. (…) No que se refere às energias renováveis, os investimentos a realizar resultam, assim, de diagnóstico energético realizado a cada uma das nove ilhas açorianas. Não se pode, portanto, dizer que se vai privilegiar uma determinada fonte de energia renovável em detrimento de outra, já que para cada ilha foram determinadas acções e investimentos em função de uma série de factores, entre eles a disponibilidade de cada recurso energético endógeno.” Fim de citação e sublinhado nosso.
Longe do nosso espírito tecer qualquer comentário técnico, mas tão só queremos relevar o elevado sentido criterioso, que a nossa conterrânea coloca ao abordar estas novas/velhas questões, envolvendo o novo Plano para a Sustentabilidade Energética dos Açores, pois como concluiu hoje a Cimeira do Rio, a natureza não é propriedade de ninguém…
Terminamos com a sua declaração: “Foi definido um portfólio de acções concretas, para cada ilha dos Açores” e assim aqui registamos com gosto que, afinal, ainda existe na mente de muitos políticos, a tal realidade ilha, como legisla o nosso Estatuto Autonómico.
Longa carreira técnica e muitos sucessos profissionais é o que desejamos à nossa conterrânea Dra. Catarina Furtado.
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